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29 AutoData | Abril 2025 futuro do segmento no ano: “Existe a tendência de queda nas vendas por causa do financiamento proibitivo. Esta é uma realidade. Embora a entidade ainda trabalhe com projeção de mercado estável, muitas associadas já estão com expectativa de retração nos negócios”. VENTOS CONTRA E A FAVOR Segundo os dados da associação dos fabricantes, a Anfavea, 78% das vendas de caminhões são de modelos semipesados e pesados, justamente os que têm valores mais altos e, na maioria das vezes, os clientes necessitam do financiamento para fechar a compra mas encontram dificuldades, pois tanto as taxas cobradas pelo BNDES/Finame como pelos bancos privados estão muito altas, girando em torno de 20% ao ano atualmente. Os bancos de montadoras são uma opção e podem oferecer condições melhores, mas eles não têm o mesmo fôlego dos grandes bancos para financiar o mercado todo. Se a taxa de juros joga contra a indústria de caminhões, alguns fatores pesam a favor, caso da supersafra de 328 milhões toneladas de grãos para transportar esperada para este ano, 10% maior do que a do ano ado. Outro ponto favorável é o índice de confiança do consumidor que segue trajetória de crescimento e o PIB, que deverá crescer menos do que em 2024 mas tem expectativa de fechar 2025 com incremento de 2%: “Este contexto poderá impulsionar a demanda por caminhões semipesados e pesados, que serão comprados pela necessidade de entrega de grãos”, avalia Parker. “Tanto que muitos clientes têm comprado à vista, de 25% a 30%, mas, sabemos, que só faz isto quem têm dinheiro em caixa e realmente precisam do veículo novo. Ou seja: o reflexo é limitado”. Ricardo Alouche, vice-presidente de marketing, vendas e pós-vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, também participou do evento e foi um dos executivos mais otimistas para este ano. Ele reconhece todos os desafios citados pela Anfavea, mas também se vale de uma série de pontos positivos que podem alavancar as vendas: “O mercado de caminhões em 2025 será maior do que em 2024. Diante do cenário atual, de desafios e oportunidades, projetamos vendas de 125,2 mil unidades este ano, contra as 124,9 mil comercializadas no ano ado. Acreditamos sim que o ano será bom, teremos mais volume e é a projeção que amos aos nossos fornecedores”. O executivo acredita que é possível avaliar o mercado de duas formas: com o copo meio cheio ou meio vazio. Ele prefere
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