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14 FROM THE TOP » IGOR CALVET, ANFAVEA Maio 2025 | AutoData novos competidores estão reduzindo nossa participação neste mercado, o ritmo das economias nem sempre é bom, está em curso uma guerra tarifária global. Neste cenário o que precisamos fazer é tirar proveito do fato de que já temos capacidade instalada, podemos produzir mais sem ter de fazer novos investimentos para isto. Também temos tecnologia, capacidade de inovação e engenharia automotiva forte. Qual é o papel da Anfavea na integração dos mercados latino-americanos? O Brasil é o sexto maior mercado de veículos do mundo [já foi o quarto]. Este tamanho nos fez durante algum tempo acreditar que o mercado doméstico bastava, colocando as exportações como segunda opção. O fato é que nesse período outros competidores globais, inclusive das próprias associadas da Anfavea, enxergaram na América Latina um grande mercado. Há dez anos nós tínhamos participação de 25% nas vendas dos mercados latino-americanos, hoje chegamos a 13%. No mesmo período a China tinha 5% e hoje chega a mais de 20% na região. Como o mercado automotivo tem comércio istrado, os governos precisam fazer acordos, como temos com México, Colômbia, Argentina e Chile. A Anfavea não trabalha sozinha nisso, precisa de interação com o poder público. Então o papel da entidade nesta questão é interagir com os governos para que sejam firmados novos acordos e que sejam aprofundados os já existentes. Há outro ponto: é preciso trabalhar na harmonização regulatória dos países. Existem regulações completamente distintas e isto nos impõe custos adicionais para produzir carros com configurações diferentes para cada mercado. Se não fizermos essa harmonização na América Latina acho que vamos perder esse mercado. Faz pouco mais de um ano que o governo aprovou o Mover, a política industrial para o setor automotivo que sucedeu ao Rota 2030. Neste período foram regulamentados os créditos tributários para ajudar a financiar investimentos da indústria e só em abril foi publicado o decreto sobre metas obrigatórias de eficiência energética, segurança e reciclagem. Ainda são necessárias várias regulamentações. Pelo lado da Anfavea existem discordâncias de associados que estão atrasando essas regulamentações? Pelo lado da Anfavea nada está atrasando o Mover. Nós já tínhamos publicamente solicitado ao governo que promovesse a publicação dos atos regulatórios que faltam. E nós sauda- “ A Anfavea considera uma afronta qualquer pleito de redução da alíquota do imposto de importação para CKD e SKD. É uma afronta às empresas que fazem investimentos bilionários no Brasil, ao governo brasileiro que tem política industrial e aos trabalhadores.”
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